Tuesday, September 14, 2010

SUPERtramp




Quero começar por pedir desculpa (sabendo que não existe necessidade para tal) pelo atraso deste post. Apesar de já terem passado dois dias, fazendo com que o tópico não seja propriamente "fresco", creio que mesmo assim não se trata de algo descabido.

Domingo, dia 12 de Setembro, fui ver os Supertramp, grupo iniciado em 69, que eventualmente passou a ostentar um estatuto galáctico durante a década dos anos 70!
Em Portugal depois de uma ausência de vários anos (última vez que cá tocaram foi no Dramático de Cascais em 79), os Supertramp apresentaram-se em palco sem Roger Hodgson, antigo vocalista e um dos membros fundadores. Apesar de ser considerado uma "baixa de vulto", dizem os entendidos (e não falo apenas da comunicação social mas também dos adeptos do grupo) que a sua ausência não foi muito sentido, na medida em que os britânicos estiveram à altura dos tempos em que brilhavam com Breakfast in America.

Confesso que não sou um super fã dos Supertramp! Não possuo a discografia, não conheço as músicas todas e aquelas que conheço, não sei a letra de uma ponta a outra! Reconheço no entanto que são um grupo com muita história e importância no panorama musical. Sei também que através do seu legado evocam tempos e memórias, principalmente de gerações mais velhas (refiro-me por exemplo à geração dos meus Pais)... e com isso fica a sensação de "partilha", desmistificada um pouco pelo fácil acesso de registos vídeo e áudio, que apesar de tudo, não são o suficiente para remontar os mais jovens para décadas anteriores onde se sentia e vivia a música dos Supertramp de outra maneira! Esta sensação ficou bem patente depois de ver um Pavilhão Atlântico (cheio), na sua maioria composta por pessoas que visivelmente estavam entregues à sonoridade de uma forma que ia para além da minha compreensão!
Digo-vos... foi um cenário bonito! Imagino-me também a ter um momento destes quando estiver perante um grupo dos tempos da minha adolescência!

O concerto foi cerca de duas horas com todos os "considerados" clássicos (entre os quais constam Dreamer, Breakfast in America, Give a Little Bit, Goodbye Stranger e Logical Song)... mesclados em diversos géneros e subgéneros (do pop rock jazz e blues) podemos dizer que musicalmente apresentaram-se fortes e eclécticos, nunca preterindo da sua base, ou melhor, não arriscando em grandes invenções/sessões de improviso.

Dou graças pelo que testemunhei, pois enquanto o amante de música que sou, um concerto destes é "obrigatório", sendo que este vai além do "check" como quem diz... tá feito! Não! É um concerto que se carrega pelo anos fora...

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