Monday, November 01, 2010

I < 3 Michael Scott

(Steve Carell as Michael Scott in the show: The Office)
  
Adoro o Michael Scott! Acho que é das personagens mais brilhantemente concebidas no mundo da televisão! É uma personagem dotada de uma capacidade capaz de provocar na audiência um misto de sentimentos perante os seus feitos/atitudes. A série onde brilha, The Office (US), é uma das minhas favoritas depois de inicialmente ter começado um bocado mal. Passo a explicar...

The Office é uma série de origem inglesa criada por Ricky Gervais, um dos grandes comediantes contemporâneos, e Stephen Merchant, também ele uma figura emblemática da realidade humorística do Reino Unido! A versão inglesa, composta por apenas duas épocas, deu origem a diversas versões espalhadas um pouco por todo o mundo, sendo a versão americana a mais popular (seguida, claro, da versão original). Um dos grandes factores de sucesso do modelo britânico, além do seu humor e do maravilhoso elenco (onde a estrela cintilante é o próprio autor Gervais, na personificação do patrão David Brent) é o aproveitamento do seu material. Depois de duas épocas repletas de sucesso, Gervais decide colocar um ponto final no seu projecto pois apenas o criara para as respectivas duas seasons. Saber reconhecer a altura apropriada para sair, ainda para mais no topo, é algo que considero ser de louvar.

Uma vez visto The Office (UK), decidi ver a US version para ter um elemento de comparação! No inicio confesso que não gostava muito e estive prestes a desistir ao fim da primeira época. Isto porque a série estava demasiado colada ao material de origem, o que tinha várias atenuantes. Não só oferecia "mais do mesmo", como as ligeiras alterações nesta adaptação americana eram desleixadas e inconsequentes!
Quando o original é fantástico, as adaptações/remakes/reboots tendem sofrer com isso e a sua recepção acaba por não ser muito positiva. Contudo, à medida que a série avançava constatamos que o programa em si começa a ganhar a sua própria identidade, onde não só as personagens mas parte do conceito instala outra dinâmica. Rapidamente tornei-me fã da versão americana, onde hoje em dia afirmo algo que por muitos pode ser considerada uma completa heresia... "não sei qual dos dois modelos prefiro"! Posso argumentar que são ambas distintas de forma a esquivar uma resposta concreta, mas de facto, estão assentes no mesmo estilo! Enquanto a inglesa vale pelo seu brilhantismo e originalidade, a americana prima pela regularidade... aliás... pela qualidade crescente! Vão na sua sétima época e parece que quanto mais vejo, mais apegado fico! Michael Scott então... tornou-se um personal hero em muitos aspectos! É inconveniente, parvo, desleixado... capaz de provocar inúmeras vezes situações de "vergonha alheia"... é porém também uma pessoa de bons princípios e valores, um ser humano de enorme coração, capaz de se destacar em momentos cruciais onde mais ninguém apresenta a mesma capacidade de o acompanhar... 

Apenas vendo a série perceberão do que vos falo! Recomendo!

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