Yo La Tengo - 14 de Março Florence and The Machine - 16 de Março
Esta semana será em cheio no que toca a música! Depois de dois concertos espectaculares na Aula Magna, segue-se hoje um outro evento que certamente deixará os amantes de música indie com água na boca. Os Beach House deslocam-se ao Lux para fechar o trio de pesos-pesados que propagaram pela cidade de Lisboa com os seus reportórios musicais, porém, estes serão o grupo cujo o legado ou expectativa não será de todo comparável aos grupos Yo La Tengo e Florence + The Machine, que tocaram dia 14 e 16 na Aula Magna respectivamente.
O trio norte-americano foi, como mencionei, o primeiro a actuar nesta semana musical, tendo sido recebidos por uma sala composta em oposição à sala lotada que seria digno de tal banda. O facto pelo qual não encheu vai para além da minha compreensão. Talvez tenham sido prejudicados pela performance de Florence que volvido um dia estaria no mesmo local para tocar. A vida não anda fácil e os recursos financeiros para tanto concerto poderão escassear. Seja como for, lá tocaram para a tal "sala composta" durante cerca de duas horas recheadas de temas dos mais variadíssimos álbuns, onde como seria de esperar, houve bastantes novidades retiradas do seu trabalho mais recente Popular Songs (2009) eleito por mim e pela critica como um dos melhores cd's do ano. Já uns veteranos, não terá sido surpresa para aqueles que os conhecem, a sua versatilidade ou ecletismo. Todos os membros tocam mais que um instrumento e cantam, o que permite um sistema de rotatividade de tema em tema onde oferecem as suas qualidades e maneirismos aos requisitos de cada malha. Por entre o suave e discreto, até ao "confuso" e quase psicadélico foi fácil denotar a energia que ali pairava no ar, para o que a meu ver foi uma audiência discreta mas altamente entretida. Penso que isso se fazia sentir com os aplausos no final de cada música. Enfim, não há muito mais a dizer que já não tenha sido dito por outros. Deixo aqui um artigo no qual é feita uma análise ao concerto para que o meu comentário possa ser complementado.
Depois, dia 16 de Março, seguiu-se outro concerto novamente com a Aula Magna a servir de anfitriã ao grupo londrino liderado pela talentosa Florence Welch. Esta certificou-se de providenciar uma noite pelo qual aqueles que lotaram a "casa" certamente não se esquecerão in times to come. Com apenas um álbum de estúdio editado intitulado Lungs (havendo ainda uma Deluxe Edition com mais temas), foram considerados por muitos como um dos grupos sensação de 2009. Fruto disso é o largo grupo de seguidores por todo o mundo, o que nos leva a crer caso mantenham este nível musical, ainda venha aumentar. E depois de ontem, é evidente que esse cenário venha a acontecer por terras lusas, graças ao mega impacto tido naquela sala onde Florence "ateou fogo". Explosiva, irreverente e dinâmica, a menina Welch e a sua banda decidiram fechar em grande estilo a sua tournée europeia com um grande espectáculo. Transbordava energia do palco para as cadeiras que desde logo encontravam-se por ser utilizadas, dado a reacção instantânea do público em por-se de pé para dançar e aplaudir. Apenas tenho uma preocupação relativamente ao futuro deste grupo. Creio que a banda é um pouco "insípida", por não ter real valor que esteja perto do talento da sua vocalista. Não acho que sejam músicos extremamente dotados e vou mais longe dizendo algo que se calhar é óbvio... vivem de Florence. Não me interpretem mal... não digo que sejam maus! Claro que não. Servem o propósito de acompanhar em boa medida as composições encenadas em palco, mas estão claramente numa liga inferior ao que é o verdadeiro e único talento de Florence and The Machine. Leiam aqui também o artigo escrito na revista Blitz para tomarem conhecimento de outras coisas que não mencionei neste meu espaço.
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