Das Experiment (2001) é uma longa-metragem realizada pelo alemão Oliver Hirschbiegel (Der Untergang ou Five Minutes of Heaven), que anda em torno de uma experiência social de enormes repercussões psicológicas.
Baseado na obra Black Box (referência à "caixa" que servia de "solitária") de Mario Giordano (com sérias influências de uma experiência prisional em Stanford, ocorrida em 1974), o filme leva-nos a conhecer um grupo de vinte homens que, através da resposta a um anúncio colocado no jornal, procura fazer 4000 marcos em 15 dias! Para isso, terão que se voluntariar num projecto cientifico com o intuito de simular uma experiência prisional. Para esse efeito, serão divididos em dois grupos distintos: guardas e prisioneiros, sendo essa divisão totalmente aleatória (e não, como se poderia prever, através de características e informação dos voluntários).
Para melhor controlo desta experiência, todo o perímetro está sob vigilância e ainda são impostas uma série de regras de conduta, nas quais se destacam a obrigação de respeito pela força hierárquica e a proibição de actos violentos.
Após colocados no cenário onde serão observados, há o enquadramento da realidade, bem como o ajuste às suas posições e tarefas... e se no inicio as coisas são levadas de animo leve, no espírito de "não passa de uma mera experiência", com o tempo instala-se um clima insustentável de tensão e hostilidade!
Posso-vos dizer da perspectiva de espectador que o filme mexe com o sistema nervoso, tal é a ansiedade acumulada com o decorrer do tempo...
É um caso sério para ser estudado a nível de cinema, mas acima de tudo, em psicologia... sendo claro os motivos que me levam a dizer isso! Vemos a transformação de pessoas quando colocadas em determinados ambientes e sob circunstancias especiais.
Presenciamos tirania, opressão, repressão, violência (tanto física como psicológica)...tudo de forma ilícita e provocante, estimulando a reflexão sobre a natureza humana e a importância que "individualidades" acrescentam no seu meio-ambiente.
Entretanto (como não podia deixar de ser) saiu em 2010 um remake americano protagonizado por Adrien Brody e Forest Whitaker.
É como um amigo meu diz... parece que os americanos não podem ver bom cinema noutros sítios, que tem necessidade de "imitar"
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