Dia 26 de Março de 2010, tive a oportunidade de marcar presença na inauguração de uma exposição de pintura da newcomer Filipa Saragga, a quem desde já presto aqui o meu tributo. A convite da sua irmã Francisca, não hesitei em marcar presença naquilo que prometia ser um serão bem passado e em boa companhia. Desde a subida das escadas de entrada, até ao momento onde nos deparamos com a tela de boas-vindas com um texto descritivo do seu percurso, podemos sentir o suscitamento de interesse de forma discreta mas com vigor. Uma vez entrando no (excelente) espaço que acolhe as obras, é só preciso nos deixarmos levar pelo interesse e encanto que cada tela transmite aos que do outro lado tentam mergulhar na mente da artista. Por entre telas explosivas, títulos alusivos ao que podemos supor estarem associados a momentos marcantes na sua vida pessoal e à mistura de estilos, temos assim uma variedade de elevado requinte e bom gosto que certamente irá agradar mesmo aqueles que são mais alheios à arte, nomeadamente pintura. É certo que trabalhos desta dimensão são vestidas de um enorme grau de subjectividade, tendo nós dificuldade em conseguir traduzir os sentimentos de quem do outro lado dá uso das pinceladas, porém, arrisco aqui um comentário que poderá ser incorrecto...
Denotei o uso intenso de cores vivas, o que me leva a crer que a Filipa transpõem para o seu trabalho uma enorme paixão pela vida que leva. "Senti" o apoio que lhe foi conferido pela família e amigos, o que desde logo evidencia a estabilidade e reconhecimento dado por aqueles que lhe são mais próximos.
Por cada quadro repleto de cores vivas e alegres (para mim são palavras quase sinónimas uma da outra, mas enfim) concluo também que a arte no qual dedica o seu tempo poderá ser interpretada como um espelho da sua visão própria e única do ambiente que lhe rodeia. Encontro algum conforto nessa ideia, porque fico com a sensação que a "palavra de ordem" é: Optimismo.
Embora tenha sido confrontado com quadros aparentemente tristes e nostálgicos, tornou-se evidente para mim que no jogo cromático predominava uma saturação de elementos simbólicos de vida, esperança e alegria.
Deixo aqui uma nota de reconhecimento ao trabalho fantástico que se encontra exibido na rua General Carmona nº11 no Estoril (é na rua paralela à Esquadra da Polícia, perto do Casino Estoril) sendo que aproveito para recomendar aos interessados culturais em geral que passem lá. Estará em exibição até dia 9 de Abril! Não percam a oportunidade meus caros!
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